segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

use your make, be a fake.

não vista roupas agarradas ao corpo.
não escute música pop.
não à britney spears, lady gaga, madonna, rihanna e beyoncé.
desative seu last.fm e sua exibição musical no messenger quando ouvi-las nos dias de back to the old bitch i was.
não dê ouvidos a músicas que a maioria canta ou que as rádios tocam, mesmo que você se rasgue de alegria quando as ouvir.
se ouvir, ouça escondido. você é indie-superego-underground, isso é coisa de gente sem classe blasé aguçada.
suicide tudo de colorido que você tem e adote uma postura mais máscula.
enfie de volta pra garganta qualquer expressão cheia de glitter ou de alegria.
não escute remixes, não fume cigarros com gosto.
não dê bola a sentimentos e nem perca seu equilíbrio se seu coração for partido.
lembre-se: aparência é coisa de gente que não olha pra dentro de si, mesmo que o desespero se faça presente quando você acorda um monstro.
não esqueça: você não pode vestir roupas de marca, muito menos acessórios da moda.
seu tênis não pode ter amortecedores e você não conversa com pessoas as quais você julga inferiores.
deixe sempre claro o quão amargo e destrutivo você é.
abuse sempre do péssimo humor e se utilize sempre de ironia pra tornar desconfortável o ambiente de quem não lhe convém.
não tenha twitter, isso é coisa de quem gosta de expor a própria vida.
não dê ouvidos ao seu coração. coração é coisa de gente fraca.
não.
não.
não.
jamais.
pronto, você é o personagem perfeito.
congratulations.

eu mesmo não.

sábado, 26 de dezembro de 2009

alive.

eu sinto pela primeira vez em muito tempo um renascer verdadeiro. é como se os espinhos alheios ou as malditas críticas gratuitas ao meu jeito de levar a vida simplesmente não me atingissem de forma alguma. eu sinto claramente que é a hora de respirar. não de forma forçada, não deixando pra trás o que eu sou de verdade. sou de fases, assim como a humanidade inteira é. mas não assassino o que um dia eu já fui. me recuso a isso.
se eu, por um dia, resgatar o meu passado e o meu presente, o que se irá se mostrar por certo é o que eu tenho de mais nítido no meu sentir: o mesmo menino ainda vive. nunca precisei extingüir meus antigos gostos musicais, nunca senti necessidade de abrir mão do meu comportamento natural ou da minha maneira inabalavelmente feliz de comandar meus sentidos.
me sinto leve, como se uma força maior simplesmente me levasse. como se eu já não segurasse a mão de ninguém pra poder seguir. se o vento tiver de levar, que leve. me encontro a ponto de ver que o que vale é o que as pessoas deixam aqui dentro, seja isso bom ou ruim. se bom, que permaneça. se ruim, que se aprenda com. se a presença não é mais algo possível, que assim seja. não me doi mais. definitivamente não me doi mais.
e não importam o que digam. não importa o quão afetadas as pessoas sejam, não importa o quanto o meu comportar te traga agonia, eu me sinto infinitamente superior a tudo. superior ao ódio. superior à mania de dar pitaco. superior até ao amargo explícito que reina na alma de quem um dia eu amei.
eu aprendi a não julgar, a não juntar em mim o lixo que os outros despejam. eu aprendi a viver. o que os outros dizem, mesmo que pro bem, não fica mais no inside. o que permanece é minha paz de espírito.
definitivamente, eu me encontro limpo. viva o lado colorido, viva o sorriso, viva o claro.
um grito de liberdade, uma explosão de felicidade. um viva ao meu jeito incompreendido de viver a vida.
um brinde ao fato de que, de agora em diante, o que me leva é a certeza de que o que vem pela frente é o que há de mais bonito.
comemoremos.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

insomnia.

em mais uma das minhas inúmeras crises dominicais de insônia, tentei dormir pela terceira vez e não pude. já havia tentado o escuro, televisão, o simples fechar dos olhos e de nada adiantou. resolvi então dormir com música. procurei pelo meu mp4 no escuro, o achei e comecei a procura por uma música que me fizesse ficar tranqüilo (não, não me conformo com a extinção do trema) até que eu pudesse finalmente cair nos braços do sono. pra minha surpresa, não encontrei a maldita canção.
minha relação com a música é como a relação do seu corpo com o bater do seu coração. nada em mim funciona sem que haja uma trilha sonora, nem que seja dentro da minha cabeça.
durante a procura encontrei músicas que lembravam o meu último, falho e vergonhoso namoro, minha relação retardada por internet com uma pessoa que eu nem sei de onde saiu, minhas crises existenciais, as festas regadas a álcool, as luzes das boates, as brigas com os amigos, a solidão, a tristeza.
percebi então a besteira que tinha feito. eu, inocentemente, durante toda a minha ainda vida, liguei aquilo que me faz funcionar ao que me faz querer parar de funcionar: as pessoas.
como eu iria conseguir uma música que me acalmasse se todas elas estavam diretamente ligadas a situações que se ligariam à pessoas, que se ligariam a fatos, que se ligariam a sensações, que me fariam não fechar os olhos de tamanho banzo por ter que assistir a tal retrospectiva às 4:00 da manhã?
cometi uma besteira. liguei a música ao ser humano. a sinfonia ao erro bruto. liguei o meu combustível de todos os dias ao que há de mais podre no ato de viver.
o que me faz dormir agora é o simples ato de desabafar. boa noite e que amanhã a chuva se faça presente.

domingo, 6 de dezembro de 2009

don't be such a loser.

eu fico me perguntando às vezes qual o sentido de todo o sofrimento, de toda a provação e de todas as dificuldades que as pessoas passam pra conseguir ter aquilo que a gente chama de grande amor.
não é estranho imaginar que aquela pessoa, que será o grande amor da sua vida, na maioria das vezes, não fez parte de um quarto de tudo que você já passou na vida?
você acha justo abandonar seus amigos, não dar a mínima pro que ocorre na sua família, faltar suas aulas na faculdade (muitas vezes no colégio, já que a vida sexual-amorosa das crianças anda ótima hoje em dia), não comparecer a aniversários importantes, brigar com sua confidente por que ela não concorda com o robot lifestyle que você adotou, tudo isso por algo que a gente pensa que não vive sem. convenhamos, quantos amores uma pessoa tem durante a vida?
e se um belo dia, você acordar e descobrir que o amor da sua vida é um babaca? não olha pra trás, o que você abandonou por ele já foi embora, hein?
pior ainda é quando você está tão cego que a pessoa praticamente defeca em você e você diz que não importa, você a quer da mesma forma por que ela é linda e por que você sempre desejou ter uma relação duradoura.
okay, a música da lady gaga é só uma música, tá? a coisa toda do want-your-bad-romance não é muito saudável não, tá?
confesso que é inegável que todos sentem falta de uma relação a dois. mas eu não entendo o porquê do assassinar das outras relações pra que essa possa sobreviver. confesso também que aprendi isso hoje. que já fui o filho da puta e o loser que jogava tudo pro alto. jogar nos dois lados tem suas vantagens, você aprende mais.
contudo, no momento, eu jogo a toalha branca pra luta constante por um grande amor. até por que, sempre tive um problema sério: não gosto muito de lutar por pessoas. na primeira demonstração explícita de um defeito da mesma você se pergunta: "foi por isso que eu lutei tanto?". coisas boas não deviam te trazer sofrimento nem no processo de conquista delas.
eu me sinto nesse momento como um globinho de neve daqueles que você compra em nova york e sacode todo feliz pra ver a neve voltar pra base do globo. fiz meu coração de globo de neve, sacodi demais, não me custa absolutamente nada esperar a neve voltar pra base. mesmo que o caminho até lá seja doloroso. mesmo que, de vez em quando, o globo caia no chão e a neve volte a ficar bagunçada. nenhuma cura é fácil, não é mesmo?

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

keep walking.

hoje eu tenho consciência do que eu sinto. acho que no fim de tudo, eu consegui fazer o que todos os livros de auto-ajuda sempre me disseram pra fazer: conviver com o que eu sinto, entender o que se passa no meu peito.
entendi e convivo. todo dia, toda hora. até mesmo quando o cansaço me tira todas as forças.
e pra falar a verdade, acima da irritação e da sensação de perda e fracasso que isso me traz, a consciência clara de que vai passar é o que realmente conta. a idéia de que é tudo uma questão de tempo.
hoje, no caminho pro trabalho, decidi mandar a dieta pro espaço e parei em um fast-food pra almoçar.
uma dieta definitivamente passa longe de ser sua amiga quando sua vida passa por mudanças drásticas. o processo de parar com o cigarro também não.
enfim, um fast-food não era lá um espaço muito legal pra se pensar na vida, mas próximo ao meu ambiente de labuta - conseqüentemente próximo ao fast-food - existe um sítio.
um sítio cheio de árvores, com aquela sensação de casa do avô que me deu uma calma triste mas necessária.
falei sozinho por um bom tempo enquanto as calorias faziam a festa e fui andando em direção ao trabalho.
no final, o que me restou foi a sensação de vazio. uma sensação de idiotice. porém, como em toda convivência forçada, você acaba se acostumando.
agora é bom. vejo tudo de maneira engraçada. até acho meio cool me sentir uma espécie de young-gay-male-version da bridget jones.
espero que no fim, tudo dê certo. vai dar, tem que dar.

about me.

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ten is for you, so who gon' get the next dozen, fool?